Tratamentos médicos para queda de cabelo de padrão masculino e feminino: MINOXIDIL

A queda de cabelo, tanto do padrão masculino quanto do feminino, sempre será causa de preocupações. À medida que a população mundial envelhece, essa passa a ser uma preocupação recorrente e em escala, pois as perdas hormonais de homens e mulheres, em alguma fase da vida, podem acarretar em queda acentuada de cabelo.

Tratamentos médicos para queda de cabelo de padrão masculino e feminino: MINOXIDIL
A queda de cabelo, tanto do padrão masculino quanto do feminino, sempre será causa de preocupações. À medida que a população mundial envelhece, essa passa a ser uma preocupação recorrente e em escala, pois as perdas hormonais de homens e mulheres, em alguma fase da vida, podem acarretar em queda acentuada de cabelo. A busca por um diagnóstico médico assertivo deve ser imperativa, pois a perda capilar pode exigir uma investigação mais ampla em relação à saúde do paciente.
"O diagnóstico correto é o caminho mais curto para tratar a queda capilar.  Homens após os 20 anos, ou seja, muito jovens, e mulheres a partir dos 40, quando identificam que estão perdendo cabelo, podem se deixar levar por fórmulas milagrosas ou receitas mirabolantes, muitas vezes oferecidas pela internet. O fato é que não existem milagres e nada se resolve da noite para o dia. Um médico especializado, bons produtos e de origem segura, disciplina e determinação farão com que esse processo possa ser retardado e em alguns casos, até revertido. 
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O uso de Minoxidil para queda de cabelo tem uma história interessante. Foi usado pela primeira vez durante a década de 1970 como medicamento oral para casos refratários de pressão alta.
O conceito por trás do tratamento da pressão arterial elevada passa pela ideia de dilatar os vasos sanguíneos para regular o fluxo do sangue. O  Minoxidil traz em sua fórmula algo a mais, que acabou manifestando crescimento de pelos e cabelo indesejados como efeito colateral aos pacientes que começaram a fazer uso do medicamento. O conceito de “hipertricose”  passou a ser observado onde se identificou mais acentuado entre homens do que entre mulheres. Estudos ampliados não identificaram anormalidade endócrina derivada. Desde os anos 1970 até agora, o medicamento passou a fazer parte de algumas fórmulas de xampu específicas para queda de cabelo. 
O uso tópico do Minoxidil passou a ser usado pelos dermatologistas, especialmente no tratamento da  alopecia areata e hoje é componente de vários produtos, como xampus e mousse capilar  prescritos para queda de cabelo, mundialmente. 
Hoje, após décadas de estudos, parte da comunidade científica que se dedica às pesquisas sobre queda de cabelo acredita no potencial vasodilatador da substância, o que beneficia a irrigação sanguínea junto aos folículos pilosos. A fórmula, entretanto, não cura as causas da queda de cabelo, exigindo seu uso recorrente, enquanto outros tratamentos ou investigação são aplicados pelo médico. 
Estudos mostraram que  culturas de células epidérmicas humanas tratadas com Minoxidil sobrevivem por mais tempo do que as culturas de controle.  Outra característica do Minoxidil é  a proliferação das células da papila dérmica do folículo piloso humano.  Este mesmo estudo descobriu que o Minoxidil alongou os folículos capilares individuais na cultura de órgãos e pode aumentar a proliferação celular. Em linhas gerais, o produto traz muitos benefícios para quem está sofrendo com a queda ou enfraquecimento capilar.
Por fim, é possível que o Minoxidil desempenhe um papel imunorregulador no folículo piloso, entre outras respostas a pacientes com alopecia areata. Ainda há estudos em curso, mas as evidências clínicas são de que o medicamento é eficaz em muitos dos casos de perda capilar.  
Os pesquisadores que se debruçaram sobre o  Minoxidil demoraram a chegar a um acordo sobre a melhor concentração da substância para benefício do paciente. Inicialmente, pensava-se que a solução de 2% era o tratamento preferido para a calvície masculina. Sua eficácia clínica aumentada ocorreu em soluções de 0,01%, 0,1% e 1% e não houve diferença estatística entre 1% e 2% soluções. 
O uso tópico de 2% e 5% de Minoxidil demonstrou  aumento estatisticamente significativo no peso do cabelo em comparação com placebo. Este estudo foi feito em quatro grupos de nove homens cada (5%, 2%, veículo sozinho e placebo). O aumento na contagem de cabelos foi menos significativo, sugerindo que o benefício é principalmente manter e engrossar os cabelos preexistentes. A maioria dos dermatologistas concorda que um maior crescimento do cabelo pode ser alcançado com a solução de 5%. De fato, um estudo randomizado, controlado por placebo, comparando a eficácia da solução tópica de 5% com 2% tópica e placebo em homens demonstrou 45% mais crescimento de cabelo na semana 48 no grupo de 5%, em comparação com o grupo de 2%. Outro estudo randomizado, controlado por placebo, comparando a eficácia da solução tópica de 5% com 2% tópica e placebo em mulheres demonstrou um aumento estatisticamente significativo do crescimento do cabelo em ambos os 5% e grupo 2% em relação ao grupo placebo, mas não necessariamente no grupo 5% em relação ao grupo 2%.
Os padrões de exigência do FDA, a “Anvisa” dos EUA, ainda parece que não foram atendidos para referendar o Minoxidil para o tratamento da calvície ou queda de cabelos. Sim, porque faltam mais estudos e explicações que sigam os protocolos científicos. Enquanto isso, a maioria dos médicos e pacientes que conhecem os potenciais da substância não abre mão de sua indicação e uso. As pesquisas já analisadas apontam resultados inconsistentes e nem sempre eficazes, quanto ao uso do Minoxidil, sendo que, dentre as respostas científicas em relação ao produto deixam várias interrogações e não está claro exatamente se Minoxidil tem efeitos imunossupressores, por exemplo. 
Estudos recentes também atribuem valor ao Minoxidil para uso após transplante capilar. Um dos benefícios foi a prevenção da escamação pós cirúrgica, quando a pele do couro cabeludo se reconstrói. O outro diz respeito à aceleração de crescimento dos fios transplantados. A maioria dos médicos que se dedicam a tratar a queda de cabelo indica o medicamento no início do tratamento, mesmo em casos não cirúrgicos. Para esses profissionais, as respostas são imediatas, estabilizando a queda capilar de imediato...aumento do número de fios novos, aceleração do crescimento capilar e fortalecimento dos fios são recorrentes na maioria dos pacientes. 
Minoxidil para alopecia induzida por quimioterapia pode ser uma boa saída para reduzir o tempo de recuperação dos cabelos, após o tratamento quimioterápico. Quanto mais cedo o produto passar a ser usado, mais rapidamente ocorrerá a recuperação da alopecia. 
Quatro em cada 10 homens com calvície de padrão masculino, ao fazerem uso de Minoxidil em 2% ou 3%  por 4 meses, tiveram contagens de cabelos que caíram abaixo dos níveis basais após a interrupção da droga. A droga, entretanto, não promove a cura da queda de cabelo, que reincide quando seu uso é interrompido. As aplicações podem ser tópicas, na forma de xampu e mousse, mas pode ser prescrita em comprimidos. 
O Minoxidil oral pode apresentar um efeito colateral, que em geral é questionado pelos pacientes. Pode ser que ocorra a hipertricose, quando nascem pelos em partes indesejadas do corpo. Apesar de menos comum, o uso tópico também pode apresentar esse efeito, que recua de um a três meses após interrupção do uso. 
Efeitos colaterais devem ser considerados, diante de um tratamento de médio a longo prazo. No caso do  Minoxidil, por mais discretos que esses efeitos sejam, é importante ter em pauta, que há riscos, por exemplo,  de ocorrerem complicações cutâneas locais, tais como dermatite alérgica de contato e prurido em ndivíduos usando soluções de Minoxidil a 2% ou 3%.76 Embora seja pouco frequente, os pacientes podem apresentar irritação no couro cabeludo ou agravamento da dermatite seborreica. Há muitos relatos de dermatite de contato. O teste de contato identificou o propilenoglicol, presente na solução de Minoxidil,  como o agente alergênico, na maioria dos casos. Outra questão que deve ser relevante ao se iniciar um tratamento, em relação às mulheres e a possibilidade de gravidez durante o uso desses medicamentos. Há relatos que indicam a malformação fetal em relação a mulheres que fizeram uso do Minoxidil por longos períodos. São casos esparso, mas devem ser levados em conta na hora de iniciar um tratamento.
Há evidências de que o ácido retinoico combinada com Minoxidil pode aumentar sua eficácia. Descobriu-se que o  ácido retinoico aumenta a absorção percutânea de Minoxidil, fazendo com que os cabelos voltassem a crescer em 66% de 56 pacientes. Uma das razões seria o aumento do fluxo sanguíneo estimulado pelo ácido retinoico. A combinação das duas substâncias  induz a síntese proteica e a renovação celular. 
Para os nossos pacientes, recomendamos a aplicação de Minoxidil 5% espuma uma vez ao dia. Isso aumenta a adesão e também diminui o risco de alergia de contato. Em mulheres com evidência de hirsutismo, recomendamos a formulação de 2% e indagar sobre seu histórico médico. A substância é útil no contexto do transplante capilar e o recomendamos para uso nos dois terços frontais do couro cabeludo e vértice, embora a bula recomende apenas o vértice. Fotografias e imagens de microscopia de vídeo são sempre úteis para documentar o crescimento do cabelo e incentivar seus pacientes a continuar com o medicamento. Observamos que quanto mais recente a queda de cabelo, mais sucesso os pacientes terão com o medicamento. Se tiverem um grande número de folículos parcialmente miniaturizados, o Minoxidil ajudará a engrossar esses pelos existentes. A perda de cabelo mais remota é difícil de reverter.

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