Qual é a doença de pele mais mortal?

As erupções cutâneas são condições comuns e apresentam grande variedade de causas. A maioria delas não é perigosa e representa, apenas um incômodo, desconforto ou má aparência.  Há, entretanto, algumas que são letais.

Qual é a doença de pele mais mortal?

As erupções cutâneas são condições comuns e apresentam grande variedade de causas. A maioria delas não é perigosa e representa, apenas um incômodo, desconforto ou má aparência.  Há, entretanto, algumas que são letais. A fascite necrosante, por exemplo, é uma infecção grave que atinge o tecido abaixo da pele e da "fáscia" (tecido fibroso que separa músculos e órgãos). O complemento "necrosante" é porque a doença causa necrose, ou seja, a morte do tecido afetado. A infecção se dá de forma rápida e sua  propagação, se não for diagnosticada e tratada também rapidamente, pode levar à morte. 

A Síndrome de Ehlers-Danlos é uma doença genética raríssima, mas uma das suas características é uma pele extremamente elástica. Há várias descrições dessa síndrome, que além de afetar a pele, pode atingir vasos sanguíneos, sistema ósseo e  depende do tipo que a pessoa tem. Alguns tipos dessa doença causam hemorragia e podem resultar na ruptura das artérias, retina e lesões em órgãos internos. O diagnóstico e o acompanhamento médico são cruciais para a integridade física do portador. 

A falta de conhecimento das pessoas em relação a doenças de pele de maior gravidade pode expor pessoas a riscos e agravamento da saúde. É importante prestar atenção a lesões de pele, mesmo as mais simples, e buscar uma avaliação profissional. O dermatologista terá condições de avaliar a extensão, a gravidade ou não dos sintomas, além de prescrever o tratamento, caso seja necessário. A pele, como o “maior órgão” do corpo humano, merece toda atenção.  

Argiria, por exemplo, é uma rara doença que se manifesta na pele, com manchas em tom azulado. Na verdade, este é o sintoma de intoxicação por prata, ora por ingestão excessiva de prata coloidal, ora por inalação de partículas do metal em suspensão, por vezes, ocorrida em um ambiente industrial. A prata é usada em componentes hospitalares por suas características antivirais e antimicrobianas. Há produtos de higienização de equipamentos, como ar-condicionado automotivo e mesmo, em pisos, corrimões e móveis à base de prata coloidal. A ingestão do produto em grande quantidade, entretanto, pode causar danos à saúde, além das manchas azuis na pele. 

Epidermólise Bolhosa é uma doença rara, de origem genética e não transmissível. Sua principal característica é a deficiência de colágeno, o que torna a pele muito sensível. O diagnóstico é obtido na primeira infância e à medida que a criança cresce, os sintomas vão sendo atenuados. Há quatro tipos de Epidermólise bolhosa. A classificação “simples” apresenta lesões superficiais. A “distrófica” apresenta maior complexidade, atingindo a derme, a segunda camada da pele. A Juncional é ainda mais grave, podendo afetar órgãos internos, como esôfago, dificuldades nutricionais e problemas gastrointestinais. A Síndrome de Kindler é o tipo mais raro e mais complexo da doença, que pode apresentar todos os sintomas das demais descrições. Não há uma medicação específica para a cura, mas há cuidados específicos para vencer a fase crônica. 

Psoríase Pustulosa Generalizada também é uma doença rara não transmissível, mas que afeta a pele de forma impactante. Ela se manifesta provocando vermelhidão e pequenas bolhas de pus na pele, causando dor, desconforto e até febre. As crises podem durar semanas e até meses, caso  não haja auxílio médico. Sua origem e causas ainda não foram identificadas pelas pesquisas médicas. 

O principal sintoma da doença de Morgellons, também considerada rara e que atinge a pele, é a sensação de que há insetos rastejantes sob ou sobre a pele. Manifesta-se formando ferimentos na pele de onde saem pequenos filamentos, como fios que nascem da pele intacta. Por apresentar coceira intensa, o portador acaba se ferindo ainda mais, ao tentar amenizar a coceira. Em 2012, entretanto, o Centro de Controle de Doenças do governo dos EUA (CDC, na sigla em inglês) investigou a Morgellons e concluiu que trata-se de uma doença psicossomática. Desde então, não foram realizados novos estudos para a  doença. 

A protoporfiria eritropoiética é uma doença de pele causada por mutações genéticas que causam uma deficiência da enzima protoporfirina IX. Isso resulta em um acúmulo de proteínas de protoporfirina, tornando a pele altamente vulnerável à exposição à luz solar. Estudos preliminares identificaram que a incidência desta doença é de um caso para 75.000. 

A protoporfiria eritropoiética é uma doença de pele causada por mutações genéticas que causam uma deficiência da enzima protoporfirina IX. Isso resulta em um acúmulo de proteínas de protoporfirina, tornando a pele altamente vulnerável à exposição à luz solar. Estudos preliminares identificaram que a incidência desta doença é de um caso para 75.000. 

A ictiose arlequim é uma doença genética rara, que manifesta-se na fase neonatal e que se caracteriza pelo espessamento da pele por falta de queratina. Uma placa grossa se forma, começa a descamar e pode provocar fendas à pede e até deformações. Também há um risco aumentado de asma, rinite e alergia alimentar. Hoje já há tratamento para a doença, garantindo uma sobrevida à criança que nasce com a doença, mas é considerada de alta complexidade. 

Pênfigo é outra doença de pele rara e grave, além de autoimune. Pode atingir pessoas de qualquer idade, mas 5,2 casos dentre 100.000 adultos podem desenvolver a doença. Caracteriza-se pela formação de bolhas de vários tamanhos sobre a pele e também onde há mucosas, como boca, genitais, nariz e ânus. Há tratamentos para conter a progressão dos sintomas. 

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